Você já utilizou a psicologia das cores na decoração? O estudo que analisa os significados e os sentimentos causados por elas, auxilia muito quando estamos falando dos ambientes no lar.
Afinal eles podem deixar o local mais harmônico, mais alegre ou trazer uma sensação maior de relaxamento quando ornados corretamente. Para isso também é necessário o trabalho do design de interiores.
Neste artigo iremos abordar o surgimento deste estudo, a aplicação das cores e as sensações provocadas por elas no nosso cérebro e como a psicologia das cores pode ser aplicada quando falamos em decoração.
UM POUCO DA HISTÓRIA
Foi no século XVII que o físico e matemático Isaac Newton, ao utilizar o reflexo dos raios solares em um prisma polido, descobriu que os feixes de luz emitidos pelo sol não são puros e sim formados por várias outras cores.
Mediante a essa descoberta Newton criou o “Color Wheel”, um sistema de cores em forma de círculos que mais tarde fora modificado por Johann Wolfgang von Goethe, famoso escritor alemão que também adentrou no campo da ciência devido a sua curiosidade pela natureza ótica das pinturas renascentistas.
Em suas pesquisas, Johann Wolfgang Von Goethe foi além das ideias de Newton que viam a cor apenas como um fenômeno físico. Durante seus estudos, Goethe levou em consideração o efeito que as cores exercem sobre nosso cérebro.
Segundo ele, a percepção de tons pode ser diferente para cada pessoa, no entanto, a sensação provocada por elas é sempre a mesma. (E o mesmo ocorre na decoração)
Veja um exemplo: o vermelho, amarelo e laranja costumam causar excitação e dinamismo, mas no caso do azul e do roxo, somos remetidos à tranquilidade. Embora seja mais comum em áreas como comunicação e marketing, a psicologia das cores na decoração também está presente no nosso dia-a-dia.
A PSICOLOGIA DAS CORES NA DECORAÇÃO
As cores exercem grande influência no ambiente, modificando-o, animando-o ou transformando-o, podendo alterar a comunicação, as atitudes e a aparência das pessoas presentes, pois todos temos reações às cores.
No entanto, Mahnke (1996) afirma que apenas colorir o ambiente não é suficiente, uma vez que é fundamental haver adequação das cores com a função do espaço, o que retratará as características do indivíduo e a rotina vivenciada naquele local.
Sendo assim, antes de começar a decorar o imóvel, é fundamental compreender o significado das cores e sua interferência na rotina das pessoas que estarão no espaço aplicado.
A escolha das cores diz muito sobre o ambiente, observe:
Vermelho (paixão, excitação, energia)
Uma cor quente e muito forte. Uma boa opção para ser usada em detalhes, como na cozinha e no banheiro. Tons avermelhados caem super bem para salas de estar e de jantar, por exemplo.
Olhando pela psicologia das cores na decoração, não recomendamos essa cor para o quarto, pois pode interferir na hora de dormir.
Amarelo (luz, calor, descontração, otimismo e alegria)
Essa cor funciona bem para todos os ambientes em que se pretende estimular a comunicação e as atividades mentais. Na cozinha, por exemplo, costuma favorecer reuniões familiares ou com amigos. Mas lembre-se de combinar essa coloração com a iluminação que a valorize.
Laranja (vitalidade, alegria, movimento)
Cor do esporte e do movimento, o laranja traz agitação. O ideal é equilibrá-la com cuidado com outras cores quentes, como o amarelo. Senão, você pode ter um espaço muito forte e a sensação constante de pressa. Mas ela pode se encaixar perfeitamente para corredores e halls de entrada.
Verde (esperança, liberdade,equilíbrio, saúde)
Essa é indicada para todos os ambientes do imóvel, perfeita para locais que precisam de equilíbrio e renovação. Outra vantagem é que o verde combina com outras cores e consegue contrastar com espaços abertos ou com grande luminosidade como a sala.
Mas tome cuidado para as tonalidades. De acordo com a psicologia das cores na decoração, o verde mais suave é o mais recomendado para ambientes internos.
Azul (tranquilidade, harmonia e serenidade)
O azul é uma cor fria e tranquila, que remete ao oceano e à paz. Aplicado em tons suaves, costuma acalmar a energia dos quartos de crianças e adultos hiperativos. O azul também cai muito bem nos banheiros.
E dependendo de sua tonalidade mais forte, também é ideal para trazer elegância para um cômodo ou parte dele.
Lilás (calma, tranquilidade, harmonia)
O ideal para essa aplicação é diluir a cor com branco, chegando em um tom azulado. Ideal para locais de meditação e renovação de energias.
Não é aconselhável pintar um ambiente inteiro de lilás forte, pois tem o poder da dispersão.
Branco (paz, pureza e limpeza)
O branco é ótimo para qualquer espaço do imóvel, principalmente em cozinhas e banheiros. No entanto, quando aplicada num apartamento onde paredes, móveis e tapetes sejam brancos, o resultado pode estar próximo de um espaço frio e hostil.
De acordo com a psicologia das cores na decoração, se escolher branco, procure equilibrar com outras cores dentro das opções sugeridas acima.
Preto (respeito, solidão, medo)
A cor é indicada apenas para objetos ou detalhes de acabamento, pois o excesso de preto pode tornar o ambiente escuro e opressivo.
Antes de escolher os itens decorativos do seu apartamento, faça um estudo sobre as cores que serão aplicadas e deixe seu lar harmonioso e agradável, tanto para a família quanto para os visitantes.
O que considerar antes de usar a psicologia das cores na decoração?
A utilização da psicologia das cores na decoração pode ser altamente proveitosa para conceber as sensações desejadas. No entanto, antes de empregar as combinações mais convencionais, é fundamental levar em conta diversas considerações.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que não existe uma regra que determine a relação entre uma cor e a emoção que ela suscita. Isso significa que você pode não experimentar uma sensação de tranquilidade com a cor verde, ou até mesmo sentir-se confortável em um quarto predominantemente preto. Portanto, é crucial considerar como cada cor afeta você individualmente.
Outra questão fundamental sobre a coloração dos ambientes é avaliar se você não se cansará da tonalidade escolhida. Por exemplo, você pode adorar a cor vermelha em suas roupas, mas questionar se apreciará vê-la todos os dias na sala de estar. Se houver dúvidas, pode ser mais prudente optar por outra tonalidade.
A psicologia das cores na decoração se baseia em estudos que demonstraram o poder das cores em influenciar nossas emoções. Contudo, é essencial ser cauteloso com as combinações e reconhecer que, mais do que seguir as escolhas tradicionais, é fundamental que você se sinta bem e use as cores de acordo com seu próprio estilo pessoal.
Compreendida a importância das cores, certamente você fará uma ótima escolha e terá dias muito agradáveis. Acompanhe mais dicas como esta em nosso blog.